Ao sair para o trabalho nesta segunda-feira,12, Bolsonaro ao ser questionado por uma das pessoas que estavam atrás da cerca, disse que “o problema não era vazar o áudio, mas gravar o presidente da república”.
Bolsonaro comenta o áudio vazado
“Presidente que secagem, em? Vazar áudio, em?, disse o apoiador de Bolsonaro. O presidente respondeu prontamente: “…não é vazar áudio, gravação é só com autorização judicial, agora, gravar o presidente e divulgar? E outra, só pra controle, falei mais coisas naquela conversa lá, pode divulgar tudo da minha parte, tá”, disse o presidente ao sair do Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente da república.
Pelo tom do presidente, podemos ver que a gravação não teria sido autorizada por meios legais ou informal, ou seja, Kajuru gravou e divulgou áudio do presidente da república de maneira irregular que, acredito eu, deveria ser investigado por crime contra a segurança nacional.
Segundo o Estadão, Kajuru teria avisado o presidente sobre o áudio, o que claramente pôde ser desmentido nas palavras de Bolsonaro hoje cedo.
Ao jornal “O Estado de S. Paulo”, Kajuru disse que avisou ao presidente, 20 minutos antes, que publicaria o áudio da conversa. Ele ainda disse que não é “amigo íntimo” de Bolsonaro e que o presidente sabia que a conversa “era política e todo mundo tem que ter acesso a ela”.
Repercussão do áudio
Segundo informou o site O GLOBO, o filho do presidente e também senador, Flávio Bolsonaro, irá representar contra Kajuru no conselho de ética, por ter gravado o presidente e divulgado o áudio em suas redes sociais no último domingo, 11.
Na manhã desta segunda feira, 12, um dia após divulgar o áudio, o senador Kajuru deu entrada no hospital com crise de hipoglicemia — o senador é diabético.,
O senador Kajuru já teria dado entrada no hospital em outras ocasiões pelo mesmo motivo, ele é diabético, e vez ou outra é acometido dessas crises.
O deputado federal e ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia, também expressou sua opinião sobre o vazamento do áudio, o que considerou “gravíssimo”, levantando a hipótese de que poderá ser apurado na CPI.
“A conversa entre um senador e o Presidente da República articulando contra uma CPI e um ministro do STF é um fato gravíssimo. A própria CPI poderá investigar o possível crime do Presidente da República”, escreveu Maia em uma publicação no Twitter.
Bolsonaro cobrou Kajuru que a CPI abrangesse toda a federação, tendo que investigar governadores e prefeitos também sobre possíveis crimes na gestão da pandemia.
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