Igrejas com inscrições religiosas e assentamentos cristãos foram descobertos no Egito. As novas descobertas nos desertos egípcios revelam a grande importância que o cristianismo desenvolveu no antigo Egito, demarcando estruturas de um período remoto em que nem mesmo o desgaste do tempo foi capaz de apagar.
Os manuscritos encontrados estão no idioma de Copta, e possuem passagens bíblicas, tornando o valor dessa descoberta inestimável para a história cristã e também para o conhecimento cultural.
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Arqueólogos descobrem construções cristãs no deserto do Egito
No dia 13 de Março de 2021 um grupo de arqueólogos franceses e noruegueses encontraram ruínas cristãs nos desertos do Egito, a descoberta foi surpreendente, pois revelou informações sobre a vida de antigos monges que habitaram essa vasta região nos anos 500.
Os pesquisadores encontraram diversos edifícios com estruturas feitas de basalto, e esculturas formadas por tijolos do tipo adobe, a descoberta foi feita na terceira campanha da grande escavação arqueológica de Tal Ganoub Qasr Al Agouz, realizado em um oásis localizado em Bahariya.
A ruína encontrada é composta por seis setores de ruínas formadas por 3 igrejas e celas, suas paredes são detalhadas em grafite e possuem símbolos com anotações em linguagem Copta, o qual representa os Cristãos egípcios da antiguidade que surgiram no inicio do século I, demonstrando a crescente força do Cristianismo no antigo Egito.
Além disso, o chefe da excursão acredita que existam muitas outras igrejas cristãs escondidas pelo Egito, revelando que no ano de 2020 foram encontradas outras 19 estruturas e até mesmo uma igreja esculpida em uma grande rocha, e apesar do desgaste promovido pelo tempo, elas ainda possuem uma boa preservação.
Igrejas com inscrições religiosas
As imagens a seguir mostram parte das ruínas encontradas, e algumas das escrituras antigas que foram descobertas pelo grupo de arqueólogos no oásis de Bahariya:
As igrejas encontradas nas ruínas egípcias chamaram a atenção dos pesquisadores por conta das inscrições religiosas contidas em sua estrutura, haviam passagens bíblicas escritas em idioma grego, abordando os monastérios egípcios e a natureza do seu estilo de vida. Essas descobertas indicam que os monges já estavam habitando essas áreas desde o século V, e graças a essa descoberta foi possível compreender melhor a evolução e modificação das estruturas e edifícios das antigas comunidades egípcias.
Conforme o Instituto Francês de Arqueologia Oriental que realizou a missão, já havia habitações cristãs nesse ambiente analisado desde o século IV, e desde então o cristianismo passou a ganhar mais fiéis nesta região atingindo um pico por volta dos dos séculos V e VI, conforme o jornal Times of Israel.
Cristianismo no Egito e o contraste com o islamismo
Hoje o Egito é um país com grande número de muçulmanos, e por conta de vertentes extremas do Islamismo é comum os cristãos sofrerem discriminação desses grupos, mas apesar disso os cristãos egípcios não se abalam com as repressões, continuam testemunhando sobre Cristo, e seguem aumentando seu número de fiéis. Inclusive existem ex muçulmanos no Egito que estão se convertendo ao cristianismo, na maioria das vezes eles buscam secretamente compreender a fé Cristã, pois o Islamismo é extremamente repressivo com aqueles que buscam se aproximar do Cristianismo.
Hoje o número de cristãos no Egito já alcança em torno de 10 milhões de egípcios, sendo cerca de 11% da população, um número bem expressivo para uma região tradicionalmente Islâmica.
Os cristãos do Egito são da vertente ortodoxa Copta de Alexandria, a qual é bem popular no continente Africano e no Oriente Médio, sua fundação foi em meados do século IV, e teve como fundador o Evangelista Marcos, sendo considerado autor de um dos evangelhos. Marcos era discípulo de Paulo de Tarso, e é considerado um dos setenta discípulos enviados por Cristo.
Que a palavra adentre aos corações, e que JESUS seja extremamente exaltado pelos seus feitos.